A presidente do subcomité dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu, a eurodeputada Maria Arena, acaba de reagir através de uma declaração ao apelo dos especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) por uma investigação que envolve o príncipe herdeiro saudita sobre alegado envolvimento num ação de acesso individuo ao conteúdo do telemóvel de Jeffrey Bezos, proprietário do Washington Post e CEO da Amazon.
Na declaração, Maria Arena refere ter ficado surpreendida por um suposto acesso individuo ou seja, ou uma ação de hacker saudita ao telemóvel de Jeffrey Bezos, de acordo com o que foi revelado por especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
O que é relatado sobre a vigilância a Jeffrey Bezos é preocupante, pois demonstra que ninguém é imune a ataques cibernéticos, intimidação cibernética e os dados pessoais a serem manipulados por Estados ou organizações privadas que trabalham para esses Estados, refere a eurodeputada.
A presidente do subcomité dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu refere que a suposta ação se encaixa num padrão mais amplo sobre uma vigilância direcionada pela Arábia Saudita a dissidentes e oponentes, incluindo Jamal Khashoggi, jornalista do Washington Post, que foi assassinado no consulado saudita em Istambul, em outubro de 2018.
O recurso a hackers cibernéticos são uma ferramenta poderosa nas mãos de elementos aos mais altos níveis dos Estados para atingir e intimidar todos aqueles que criticam regimes e que violam os direitos humanos, refere Maria Arena, e acrescenta que já é tempo da “União Europeia (UE) tomar medidas adicionais para garantir a segurança dos dados privados dos cidadãos”, e explica que o mundo digital não deve tornar-se um meio de invadir a privacidade de todos os cidadãos.
Para a presidente do subcomité dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu a UE deve manifestar a sua grande preocupação e repensar a sua participação na cimeira do G20 em Riade, em novembro de 2020, e conclui: “O Subcomité de Direitos Humanos continuará a apoiar ativamente o trabalho de Agnès Callamard, Relator Especial da ONU sobre assassinatos extrajudiciais, e de David Kaye, Relator Especial da ONU sobre liberdade de expressão”.