Na Coreia do Sul surge um novo caso de coronavírus. Neste caso uma mulher de 35 anos, de nacionalidade chinesa, residente em Wuhan, província de Hubei, na China e que viajou para a Coreia do Sul.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que a paciente apresentou febre, calafrios e dores musculares, em 18 de janeiro, quanto estava em Wuhan. A paciente deslocou-se a um hospital local em Wuhan onde lhe foi inicialmente diagnosticada uma constipação.
Em 19 de janeiro, a paciente foi manifestou 38,3 º de febre na chegada ao Aeroporto Internacional de Incheon, na Coreia do Sul, tendo sido transferida para um hospital nacional de isolamento para teste e tratamento. A paciente respondeu positivamente ao teste de reação em cadeia da transcriptase reversa polimerase por pancoronavírus (RT-PCR) e, posteriormente, foi confirmada positiva ao novo coronavírus (2019-nCoV). A paciente apresentou calafrios, coriza, que é a inflamação da mucosa nasal, acompanhada eventualmente de espirros, secreção e obstrução nasal, e dores musculares.
A paciente não relatou ter visitado na cidade de Wuhan nenhum mercado, incluindo o Huanan Seafood Wholesale Market, nem tinha contato com casos confirmados do novo coronavírus (2019-nCoV) ou com animais selvagens.
A OMS divulgou que a paciente está atualmente isolada, a receber tratamento e a sua situação é estável.
Medidas de resposta em saúde pública
O rastreio de contatos e outras investigações epidemiológicas estão em andamento e o governo da Coreia do Sul aumentou o nível de alerta nacional de Azul (Nível 1) para Amarelo (Nível 2 do sistema nacional de gestão de crises em quatro níveis.
A autoridade sanitária da Coreia do Sul reforçou a vigilância de casos de pneumonia em estabelecimentos de saúde em todo o país desde 3 de janeiro de 2020, e as medidas de quarentena e triagem foram melhoradas para os viajantes provenientes de Wuhan, desde 3 de janeiro de 2020.
Avaliação de risco pela OMS
Como esta paciente eleva-se a quarto o número de infetados a como o novo coronavírus com origem na cidade de Wuhan. Desde 31 de dezembro de 2019 e até 20 de janeiro de 2020, há 278 casos confirmados de infeção por nCoV 2019, e já seis mortes, com infeção verificaram-se dois casos na Tailândia, um no Japão, um da Coreia do Sul, 51 na China considerados graves e 12 gravemente doentes. Todos estão sob tratamento isolado em instituições médicas em Wuhan. Entre os casos relatados na China, 14 foram relatados na província de Guangdong, cinco no município de Pequim e um no município de Xangai.
A origem do surto ainda está sob investigação na cidade de Wuhan. Investigações preliminares identificaram amostras ambientais positivas ao coronavírus no mercado de Huanan na cidade de Wuhan, no entanto, alguns pacientes indicaram que não tinham visitado o mercado
A OMS indicou que continuam a aumentar os casos na cidade de Wuhan e em outras províncias da China, pelo que são necessárias mais investigações para determinar como os pacientes foram infetados, a extensão da transmissão de humano para humano, o espectro clínico da doença e a faixa geográfica da infeção.
Conselhos da OMS
É prudente lembrar às populações e profissionais de saúde os princípios básicos para reduzir o risco geral de transmissão de infeções respiratórias agudas, seguindo as medidas abaixo mencionadas:
a)Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infeções respiratórias agudas;
b)Lavar com frequência as mãos, principalmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
c)Evitar contato desprotegido com animais do campo ou selvagens;
d)Pessoas com sintomas de infeção respiratória aguda devem praticar a designada etiqueta da tosse (manter distância, cobrir a tosse e espirrar para tecidos ou roupas descartáveis e lavar as mãos);
e)Nas unidades de saúde, devem melhorar as práticas padrão de prevenção e controlo de infeções em hospitais, especialmente nos serviços de urgência.
A OMS não recomenda medidas de saúde específicas para os viajantes. No caso de sintomas sugestivos de doença respiratória aguda, durante ou após a viagem, os viajantes são incentivados a procurar atendimento médico e a partilhar o histórico da viagem com seu médico. As autoridades de saúde devem trabalhar com os setores de viagens, transporte e turismo para fornecer aos viajantes informações para reduzir o risco geral de infeções respiratórias agudas.