A Comissão Europeia anunciou hoje mais 8 milhões de euros de ajuda à Ucrânia. As verbas são destinadas as pessoas vulneráveis afetadas pelo conflito em curso no leste do país. O valor eleva a ajuda humanitária da União Europeia (UE) à Ucrânia para 23 milhões de euros em 2019.
O novo financiamento da UE vai permitir apoiar civis afetados por conflitos em áreas controladas e não controladas pelo governo, principalmente aqueles que vivem ao longo da linha de contato, para fazerem face ao inverno, ou seja, para aquecimento durante o inverno rigoroso e acesso à água. As verbas também vão ajudar a reparar instalações de saúde e escolas danificadas durante as hostilidades, facilitar o acesso a serviços de saúde e a fornecer equipamentos médicos e medicamentos.
Janez Lenarčič, Comissário para Gestão de Crises, referiu: “Mais de cinco anos de conflitos esgotaram a capacidade das pessoas de dar resposta às suas necessidades básicas. A UE continua ajudar as pessoas mais vulneráveis dos dois lados da linha de contato. Esse financiamento vai ajuda-los a suportar as duras condições de inverno”.
A assistência humanitária da UE à Ucrânia é canalizada através de agências da Organização das Nações Unidas, Organizações não-governamentais (ONGs) e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Passados mais de cinco anos de conflito, a situação no leste da Ucrânia continua volátil e imprevisível. Desde março de 2014, o conflito afetou mais de 5,2 milhões de pessoas, das quais 3,5 milhões ainda precisam de assistência humanitária. As necessidades humanitárias estão a aumentar constantemente devido ao aumento da vulnerabilidade económica da população afetada pelos conflitos.
A Comissão Europeia lembrou que “o acesso humanitário continua a enfrentar restrições nas áreas não controladas pelo governo”. O bombardeamento indiscriminado dificulta a prestação de serviços essenciais, como água e eletricidade, nos dois lados da linha de contato. A Ucrânia ocupa o quinto lugar no mundo em baixas civis ligadas a minas terrestres e munições não explodidas.
Em face da situação a UE manifestou-se “preocupada com a situação humanitária precária no leste da Ucrânia e continua a exigir a plena implementação dos acordos de Minsk”.