A escultura “Padrão do Mar”, da autoria do escultor alemão Volker Schnüttgen, que foi concebida no âmbito do Projeto “Esposende SmartCity” foi ontem, 23 de outubro, inaugurada na marginal de Esposende.
A escultura feita em granito da região é o resultado de uma residência artística que o autor realizou em Esposende. Esta segunda escultura vem depois de em setembro ter sido inaugurada, a escultura “octo_ _ _ _”, da autoria de Pedro Tudela e Miguel Carvalhais. Está ainda prevista uma terceira obra de arte em espaço público, uma intervenção de Alexandre Farto, que com a assinatura Vhils marca a sua intervenção na arte urbana.
Uma escultura com leitura da história
Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, “este Padrão remete-nos para a nossa História, umbilicalmente presa à descoberta do mar. Na época dos Descobrimentos, Esposende foi um importante porto de pesca e marítimo, atividades que ainda se conservam. Neste monumento estão, ainda, representadas as marcas do Património Megalítico que existe no concelho, aflorando a imagem do Menir”.
O trabalho do granito tem longa tradição no concelho de Esposende, e leva o autarca a considerar o monumento como “uma homenagem a todos aqueles que têm suportado a transmissão dessa arte”. O autarca destacou, ainda, “a importância da cultura na afirmação do território”.
A arte do granito
O escultor Volker Schnüttgen realizou workshops e explicou a arte de trabalhar a pedra a mais de 400 alunos do 9.º ano de escolaridade, dos estabelecimentos de ensino de Esposende. Para o escultor alemão, há 28 anos radicado em Portugal, o Padrão do Mar “marca o território, em diálogo com a paisagem, abrindo uma nova janela para o mar e para o além”.
Esposende SmartCity alia a inteligência urbana e ambiental à criação artística original, implementada no espaço público. “Padrão do Mar” é uma janela para o território, uma escultura que integra a paisagem, produzida em granito da região, inspirada no Património Megalítico existente, perseguindo a estrutura do Menir.
Esposende SmartCity e o envolvimento do dstgroup
Neste âmbito foram dinamizadas por Raul Junqueiro, Head of Smart Cities do dstgroup, duas palestras que explicaram “O que é uma Smart City”.
O projeto Esposende SmartCity sustenta-se nos pilares Sustentabilidade, Território, Pessoas e Arte, contemplando a implementação de um plano de atividades pedagógicas que têm como ponto de partida a transformação do território, através de soluções multidisciplinares. Um projeto que tem o dstgroup a suportar a implementação na sua componente tecnológica, de sensorização e arte através da solução Mosaic e da zetgallery, respetivamente.
Para Nuno Catarino, do Instituto de Biosustentabilidade da Universidade do Minho, este projeto pretende “a melhoria contínua da vida das pessoas”, razão pela qual tem associada a instalação de diversos mecanismos de controlo ambiental.
Raúl Junqueiro, responsável pelo processo tecnológico no dstgroup, referiu: “Estamos a lançar alicerces para a cidade do futuro, através de uma rede de medição da qualidade do ar, da água, radiação ultravioleta, ruído ou poluição atmosférica”. Uma postura que se enquadra nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.
Para 2020 prosseguem as ações junto da comunidade e o artista local, Jorge Braga, que criará uma peça de arte a integrar o circuito de Arte Pública de Esposende e a apresentar no Fórum Municipal de Educação 2020.