Em 2016 arderam, até 15 de agosto, em Portugal continental, 103.137 hectares de floresta e entre povoamentos. A área ardida é já três vezes mais do que a média verificada entre 2006 e 2015, indica o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O número de ocorrências de incêndios registados, até 15 de agosto, foi de 8.624, sendo 1.520 incêndios florestais e 7.104 fogachos (área igual ou inferior a 1 hectare). Em número de reacendimentos verificaram-se 234, um número inferior à média verificada entre 2006 e 2015, que foi de 831.
Só nos primeiros 15 dias de agosto ocorreram 3.712 ocorrências o que levou a uma área ardida de 95.357 hectares, ou seja, em 15 dias ardeu mais de 92% do total da área de 2016.
De acordo com os dados dos últimos dez anos, 2016 é o ano com mais área já ardida, ultrapassando o ano de 2010 em que arderam 101.893 hectares.
O distrito do Porto apresenta até agora o maior número de ocorrências, com 2.783, seguido por Braga com 903 e Aveiro com 865, no entanto verifica-se que no distrito do Porto 85% das ocorrências dizem respeito a fogachos.
O distrito de Aveiro é o que apresenta maior área ardida, com 41.569 hectares, ou seja, cerca de 40% da área total ardida até à data, seguido de Viana do Castelo, com 23.197 hectares o que corresponde a 23% do total da área ardida.
No distrito de Aveiro, apenas um único incêndio foi responsável por mais de 60% da área ardida. O incêndio que teve início na freguesia de Janarde, concelho de Arouca, e consumiu 25.116 hectares de floresta.