Já tínhamos anteriormente ensaiado a versão “normal” 1.4 com 140Cv e portanto a perceção que trazíamos para este ensaio é que não existiam grandes diferenças entre dois modelos com motores iguais.
Contudo, a marca resolveu inovar e dotar o I30 de um visual mais desportivo e que o lettering N (Nurburbring) quer assumir.
E a primeira impressão que fica quando levantamos a viatura no Parque de Imprensa é se os apêndices aerodinâmicos exteriores e o visual mais agressivo são somente um exercício estilístico, ou temos mais “uns pozinhos” do construtor. Os para-choques alargados e maiores, as entradas de ar, os pneus mais largos, a suspensão mais rebaixada e os dois escapes anteriores completam as alterações visíveis no exterior.
Interiormente é um I30 normal no que ao painel de instrumentos, à consola central, ao monitor central, diz respeito. O que muda são as excelentes bacquets (em pele e alcântara) com ótimo apoio lombar, lateral, com extensor para as pernas, onde o nosso corpo encaixa e se encanta. O volante tem também uma pega muito boa, envolto em pele perfurada e a manete da caixa de velocidades é, nesta versão, circular e, os pedais e zona de apoio do pé esquerdo são revestidas a metal; condimentos que despertam a curiosidade e nos cativam ao ensaio.
E, nas primeiras impressões em estrada nota-se que o conforto foi ligeiramente sacrificado (face à versão normal) em prol de uma maior eficácia, que existe um delay na resposta do motor em rotações mais baixas, mas que depois, este desperta e nos cativa.
A direção é, nesta versão um pouco mais comunicativa e direta que na versão normal e as entradas em curva são inicialmente subviradoras para, de repente, o eixo traseiro corrigir essa deriva e surgir um comportamento digno de registo.
Fica sempre a noção que esta versão NLine é muito mais eficaz em todas as situações que a versão normal e exibe uma maior desenvoltura. Seja pela suspensão, pela direção, pela caixa, ou muito provavelmente pela soma de todas estas alterações. Fica nalguns momentos a dúvida se o mapa do motor também se foi alterado algures. Apetece por isso, utilizar toda a faixa de utilização útil do motor e serpentear nas curvas e perceber os limites do I30, onde o I30 Nline nos oferece consumos “normais” de 6,6 ou de 8,9l (com o pé mais pesado).
Em resumo, a marca fez mais do que colocar uns apêndices aerodinâmicos e soube capitalizar neste modelo a experiência recolhida na sua participação nos rallies e no campeonato de turismo, oferecendo um produto que oferece uma experiência de condução de muito bom nível com um preço a rondar os 29.000€