As mulheres LGBT+ enfrentam barreiras ao aceder aos cuidados de saúde, concluiu estudo de investigação publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health. O estudo liderado por Catherine Meads da Anglia Ruskin University (ARU) mostrou problemas semelhantes enfrentados por mulheres de minorias sexuais.
As mulheres frequentemente experimentavam a ignorância e o preconceito por parte dos profissionais de saúde, bem como barreiras ao levantar preocupações e reclamações.
Se estivesse a sentir-se mal consigo mesma, tinha baixa autoestima ou tinha experiência de abuso homofóbico, e quando ia a um qualquer lugar não conseguiu encontrar as informações que queria, o que reforçava a diferença, descreveu uma mulher no estudo.
As mulheres também se queixaram de respostas negativas quando surgiam suposições frequentes de heterossexualidade. Uma mulher, que acompanhou o parceiro que estava receber tratamento, referiu que o gestor da sessão ignorou quando foi feita a apresentação como ‘parceiro’ e continuou a chamar-lhe ‘amiga’ durante toda a sessão.
Outro dos exemplos dados no estudo refere que uma rececionista recusou-se a colocar a palavra “parceiro” na ficha de identificação e insistiu em colocar “amiga’.
O estudo também destacou um nível surpreendente de ignorância entre os profissionais de saúde, e exemplifica com uma situação em que uma pessoa transexual tinha programada uma pequena cirurgia e pediram-lhe para fazer um teste de gravidez. A Pessoa referiu que não era apenas uma mulher gay mas também uma transexual a que o técnico de saúde referiu que se tinha de definir entre homem ou mulher.
Catherine Meads, professora de Saúde da Universidade Anglia Ruskin, e autora principal do estudo referiu: “Muitos profissionais de saúde não acham que precisam saber sobre a sexualidade de seus pacientes. No entanto, o nosso estudo descobriu uma preocupante falta de conhecimento dos assuntos, injustiça, negatividade e discriminação flagrante.
“Esses estudos encontraram barreiras significativas às mulheres de minorias sexuais, destacando a necessidade de educação explícita e consistente para os profissionais de saúde sobre os problemas enfrentados por essas mulheres.”