O Conselho Europeu de Investigação (ERC, sigla em inglês) atribuiu bolsas a 408 investigadores europeus em início de carreira num total de 621 milhões de euros.
Dois investigadores portugueses em Portugal e quatro investigadores portugueses a trabalhar no estrangeiro acabam de ganhar bolsas do ERC num total de 9 milhões de euros.
As bolsas atribuídas pelo ERC abrangem a 408 investigadores europeus, em início de carreira, aos quais são atribuídos, no total, 621 milhões de euros.
Os portugueses contemplados com as bolsas ERC são:
■ João Conde, Instituto de Medicina Molecular Joao Lobo Antunes, projeto: Cancer Heterogeneity and Therapy Profiling Using Bioresponsive Nanohydrogels For The Delivery Of Multicolor Logic Genetic Circuits.
■ Joana Gonçalves Sá, Universidade Nova de Lisboa, projeto: Fake News and Real People – Using Big Data to Understand Human Behaviour.
■ Cláudia Custódio, Imperial College of Science Technology and Medicine, projeto: Information Frictions, Financing And Growth, The Impact Of Firm Certification.
■ Noel De Miranda, Academisch Ziekenhuis Leiden, projeto: Rational Design Of Cancer Immunotherapy, One Size Does Not Fit All.
■ Mafalda Viana, University of Glasgow, projeto: Modelling To Optimize Vector Elimination: Destabilising Mosquito Populations.
■ Rebeca Ribeiro Palau, Centre National de la Recherche Scientifique, projeto: Probing Topological Valley Currents By Angular Layer Alignment In Van Der Waals Heterostructures.
Cada um dos portugueses recebe cerca de 1.5 milhões de euros, um valor para poderem desenvolver investigação de ponta. Os fundos fazem parte do programa de investigação e inovação da UE, o Horizonte 2020, gerido pelo Comissário europeu Carlos Moedas.
O Comissário Carlos Moedas referiu: “Se quisermos encontrar respostas para os desafios mais difíceis dos nossos tempos, os investigadores precisam de liberdade e de apoio para prosseguir a sua investigação científica e dar resposta a esses desafios. Esta é a força das bolsas que a UE concede através do Conselho Europeu de Investigação: uma oportunidade para cientistas encontrarem respostas para os desafios mais ousados”.
Os projetos de investigação apresentados pelos candidatos vencedores a bolsas abrange um amplo espectro de tópicos, e incluem:
■ estudo de como os alimentos da floresta podem fornecer uma solução para a fome no mundo;
■ avaliar a intensidade, frequência e distribuição de níveis extremos do mar na Europa;
■ investigar como as empresas de tecnologia vendem os seus produtos e procuram a confiança dos consumidores;
■ desvendar as habilidades de sobrevivência de organismos unicelulares.
Os resultados do concurso de bolsas mostram uma maior diversidade de nacionalidades, que incluem investigadores de 51 países em todo o mundo, e de lugares distantes com Taiwan e Cuba.
As bolsas permitem financiar a investigação durante 24 países, e abrangem 73 instituições na Alemanha, 64 no Reino Unido e 53 na Holanda.
Cerca de 13% dos pedidos das candidaturas vão ser financiadas. Os cientistas selecionados devem constituir as suas próprias equipas de investigação, pelo que é estimada a criação de cerca de 2.500 empregos para bolseiros de pós-doutoramento, estudantes de doutoramento e outros funcionários das instituições anfitriãs.