O satélite EDRS-C, o segundo nó da rede SpaceDataHighway (conhecida como EDRS, European Data Relay System), foi lançado com sucesso a partir da base em Kourou, na Guiana Francesa, a bordo do foguete europeu Ariane 5, e colocado em órbita geoestacionária a 31º Este.
Após um período de testes, o satélite vai permitir duplicar a capacidade de transmissão para servir em simultâneo dois satélites de observação e vai servir de back-up redundante para a rede SpaceDataHighway.
Este segundo satélite vai unir-se ao satélite EDRS-A, que transmite diariamente as imagens da Terra recolhidas pelos satélites sentinel de observação do programa europeu Copernicus. Desde que entrou em serviço, no final de 2016, alcançou mais de 20.000 conexões laser. A taxa de confiabilidade atingiu 99,5% e essas conexões bem-sucedidas transmitiram mais de 1 petabyte de dados.
Os satélites, incluindo o EDRS-C, devem estar totalmente operacionais até ao final de 2019, quando a conexão entre satélites e o serviço ponta-a-ponta sejam testados e colocados em operação com os satélites Sentinel.
A SpaceDataHighway é a primeira rede de “fibra ótica” do mundo existente no espaço baseada na tecnologia laser. É uma rede de satélites geoestacionários permanentemente fixos a uma rede de estações terrestres que podem transmitir dados a uma taxa de 1,8 Gbit/s, e trata-se de um componente fundamental do programa Network for the Sky (NFTS) da Airbus.
A NFTS combina várias tecnologias – comunicações por satélite e terrestres, ar-solo, terra-ar e ligações táticas ar-ar, comunicações móveis 5G e conexões a laser – numa rede de malha resiliente, unificada, segura e altamente interoperável, para aeronaves, drones e helicópteros.
Os satélites da rede SpaceDataHighway podem conectar-se por laser a satélites de observação de baixa órbita, a uma distância até 45.000 km, drones ou aeronaves de missão. A partir da sua posição em órbita geoestacionária, a rede SpaceDataHighway transmite os dados recolhidos pelos satélites de observação para a Terra em tempo quase real, um processo que normalmente duraria cerca de 90 minutos. Assim, permite que a quantidade de dados de imagem e vídeo transmitidos pelos satélites de observação seja triplicada e que seu plano de missão seja reprogramado a qualquer momento e em apenas alguns minutos.
“O SpaceDataHighway torna nossas conexões de dados mais seguras, mais estáveis, mais confiáveis, com mais largura de banda e quase em tempo real. O lançamento do nosso segundo satélite é apenas o começo, a comunicação a laser será uma revolução para muitas indústrias”, referiu Evert Dudok, Chefe de Comunicações, Inteligência e Segurança da Airbus Defence and Space.
Está programado um terceiro nó de comunicações a ser posicionado na região da Ásia-Pacífico durante 2024. O futuro satélite EDRS-D vai possuir três terminais laser, e aumentará significativamente a capacidade de comunicação do sistema e expandirá consideravelmente sua cobertura.