A Comissão Europeia (CE) divulgou, hoje, as instituições de ensino superior da Europa, que integram as primeiras alianças de Universidades Europeias. Estas Universidades Europeias têm como objetivo promover a qualidade e atratividade do ensino superior europeu e fomentar a cooperação entre as instituições, os alunos e o pessoal do ensino superior.
A CE indicou que recebeu 54 candidaturas para Universidades Europeias, tendo sido selecionadas 17 universidades europeias, num total de 114 estabelecimentos de ensino superior de 24 Estados-Membros. A seleção teve por base uma avaliação realizada por 26 peritos externos independentes, incluindo reitores, professores e investigadores, nomeados pela Comissão.
As Universidades Europeias são alianças transnacionais de estabelecimentos de ensino superior de toda a União Europeia (UE) que partilham uma estratégia de longo prazo e promovem os valores e a identidade europeus e que têm como objetivo “reforçar significativamente a mobilidade dos estudantes e do pessoal e promover a qualidade, a inclusão e a competitividade do ensino superior europeu”.
Tibor Navracsics, Comissário Europeu da Educação, Cultura, Juventude e Desporto, referiu que as primeiras 17 Universidades Europeias vão funcionar como modelos para as outras em toda a UE. “Permitirão às próximas gerações de estudantes adquirir uma experiência da Europa, estudando em diferentes países”. A iniciativa constituir “um verdadeiro fator de mudança para o ensino superior na Europa, promovendo a excelência e a inclusão”.
A seleção de Universidades Europeias inclui uma vasta gama de estabelecimentos de ensino superior de toda a UE, desde universidades de ciências aplicadas, técnicas e artísticas até universidades de estudos gerais e de investigação intensiva. As Universidades de Aveiro, Porto e Lisboa, integram individualmente uma das 17 Universidades Europeias.
As Universidades Europeias vão tornar-se campus interuniversitários onde estudantes, doutorandos, pessoal e investigadores podem circular sem barreiras. Os conhecimentos especializados, plataformas e recursos vão ser reunidos para a realização de programas ou módulos comuns que abranjam várias disciplinas.
Estes programas muito flexíveis vão permitir aos estudantes personalizar a sua educação, escolhendo o que querem estudar, onde e quando fazê-lo, e onde obter um diploma europeu.
As universidades europeias vão contribuir, também, para o desenvolvimento económico sustentável das regiões onde se encontram, uma vez que os seus estudantes irão trabalhar em estreita colaboração com empresas, autoridades municipais, académicos e investigadores para encontrar soluções para os desafios que as suas regiões enfrentam.
No total, está disponível um orçamento máximo de 85 milhões de euros para as primeiras 17 Universidades Europeias. Cada aliança receberá até 5 milhões de euros nos três anos seguintes para implementar os seus planos e começar a mostrar o caminho a outros estabelecimentos de ensino superior em toda a UE.