A obra Quadros Vivos de Caravaggio estreia no domingo, dia 5, às 21h30, na Igreja de São Roque, em Lisboa, sendo apresentada também nos dias 8, 9, 10, 11, 12, 24 e 25 de maio, com encenação de Ricardo Barceló.
“A Flagelação de Cristo” e “A Anunciação” são algumas das obras do pintor italiano a apresentar na Igreja de São Roque sobre a forma de Quadros Vivos. Em palco são recriadas 21 obras do pintor italiano ao som da Missa em B menor do compositor Johann Sebastian Bach.
O género quadros vivos – traduzido do francês tableaux vivant -, teve a sua popularidade entre 1830 e 1920. Tipicamente, o elenco de personagens representava, em palco, cenas da literatura, da arte, da história ou da vida quotidiana.
Içada a cortina, os modelos permaneciam estáticos e em silêncio durante cerca de trinta segundos. Era colocada profunda enfâse na encenação, pose, traje, maquilhagem, iluminação e, sobretudo, expressão facial dos modelos. Por vezes, um poema ou música acompanhava a cena.
A dramatização que é levada à cena na Igreja de são Roque recria em palco uma sequência completa de obras do pintor italiano, que se vai construindo e desconstruindo ao ritmo de um trabalho de luz que emula o efeito luminoso característico das obras de Caravaggio.
Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) pintou, fundamentalmente, temas religiosos. Nos seus quadros, em vez de adotar figuras etéreas delicadas e perfeitas para representar acontecimentos e personagens bíblicos, preferia modelos mais próximos das figuras do povo, procurando a realidade crua, palpável e quase sensorial da representação.
Esta representação da irredutibilidade humana incorporava a imperfeição e o mundano em cenas cruas, características que distinguem inequivocamente as obras deste autor.
Sessões dos Quadros Vivos de Caravaggio
■ Dias 5, 8, 9, 10,11,12, 24 e 25 de maio às 21h30
■ Dias 11 e 25 de maio também às 19h
■ Duração: 60 minutos
■ Local: Igreja de são Roque, Lisboa
■ Entrada condicionada à aquisição do catálogo, de 15€, das obras a dramatizar