Jair Bolsonaro no seu primeiro discurso ao Congresso Nacional após a posse como Presidente do Brasil fez um convite aos congressistas para o ajudarem a eliminar a corrupção, a criminalidade, a irresponsabilidade económica e a submissão ideológica.
O novo Presidente lembrou que têm de ser enfrentados “enormes desafios, mas se tivermos a sabedoria de ouvir a voz do povo alcançaremos êxito nos nossos objetivos e pelo exemplo e pelo trabalho levaremos as futuras gerações a nos seguir nessa tarefa gloriosa.”
E indicou como objetivo “unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões” e respeitar a “tradição judaica-cristã, combater a ideologia de género” para conservar os valores dos brasileiros. Assim, referiu: “O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas.”
Jair Bolsonaro lembrou: “Quando os inimigos da Pátria, da Ordem e da Liberdade tentaram por fim há minha vida, milhões de brasileiros foram às urnas, uma campanha eleitoral transformou-se num movimento cívico, cobriu-se de verde e de amarelo, tornou-se espontânea, forte e indestrutível, e nos trouxe até aqui. Nada aconteceria sem o esforço e o engajamento de cada um dos brasileiros que tomaram as ruas para preservar a nossa liberdade e democracia.”
Educação e infraestruturas
“Reafirmo o meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou de divisão”, e “daqui em diante nos pautaremos pela vontade soberana daqueles brasileiros que querem boas escolas capazes de preparar os seus filhos para o mercado de trabalho e não para a militância politica, que sonham com a liberdade de ir e vir sem serem vitimados pelo crime, que desejam conquistar pelo mérito bons empregos e sustentar com dignidade as suas famílias, que exigem saúde, educação e infraestrutura e saneamento básico, e respeito ao direito e garantias fundamentais da nossa constituição”, afirmou o novo Presidente.
Segurança da população e promoção das forças da ordem
“O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender”, e lembrou aos congressistas que o povo ao votar nele votou também “nas urnas o direito à legítima defesa”, e por isso afirmou: “Vamos honrar e valorizar aqueles que sacrificam suas vidas em nome da nossa segurança e da segurança dos nossos familiares” e para isso “contamos com o apoio do Congresso Nacional para dar o respaldo jurídico para os policiais realizarem o seu trabalho, eles merecem e devem ser respeitados.”
Valorização das Forças Armadas
No domínio das forças armadas, Jair Bolsonário referiu: “As nossas forças armadas terão as condições necessárias para cumprir a sua missão constitucional de defesa da soberania do território nacional e das instituições democráticas mantendo as suas capacidades dissuasoras para resguardar a nossa soberania e proteger as nossas fronteiras.”
Política Económica
O Presidente indicou que pretende estabelecer uma marca de confiança na economia, um mercado livre e eficiente, e também “confiança no cumprimento de que o Governo não gastará mais do que arrecada e na garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitados” e para isso prometeu realizar “reformas estruturantes que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas transformando o cenário económico e abrindo novas oportunidades.”
“Precisamos de criar um ciclo virtuoso para a economia que traga confiança necessária para permitir abrir os nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia”, mas sem direções ideológicas.
No desenvolvimento económico “o setor agropecuário seguirá desempenhando um papel decisivo em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente. Dessa forma todo o setor produtivo terá um aumento de eficiência com menos regulamentação e burocracia”, mas lembrou: “Esses desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro Pacto Nacional entre a sociedade e os poderes executivo, legislativo e judiciário na busca de novos caminhos para um novo Brasil.”
Revigorar a democracia
“Uma das minhas prioridades é proteger e revigorar a democracia brasileira trabalhando arduamente para que ela deixe de ser apenas uma promessa formal e distante e passe a ser um componente substancial e tangível da vida política brasileira com respeito pelo Estado democrático”, referiu o Presidente, e acrescentou: “A construção de uma Nação mais justa e desenvolvida requer a rutura com práticas que se mostrem nefastas.”
Uma rotura com as práticas do passado
“A irresponsabilidade nos conduziu à maior crise ética, moral e económica da nossa história”, afirmou o Presidente, e acrescentou: “Hoje começamos um trabalho árduo para que o Brasil inicie um novo capítulo da sua história, um capítulo no qual o Brasil será visto como um país forte, pujante, confiante e ousado.”
Politica externa
“A política externa tomará o seu papel na defesa da soberania, na construção da grandeza e no fomento ao desenvolvimento do Brasil”, concluiu Jair Bolsonaro.