O consumo de bebidas alcoólicas, até sete doses por semana, foi associado ao aumento de tempo de vida pessoas adultas com idade avançada e com insuficiência cardíaca diagnosticada, em comparação com pacientes que não consumem bebidas alcoólicas, indica estudo publicado, em 28 de dezembro de 2018, na JAMA Network Open.
Os investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, St. Louis, nos EUA indicaram que existem dados conflituantes sobre uma associação entre consumo de bebidas alcoólicas e insuficiência cardíaca, mas que é pouco o conhecimento sobre a segurança do consumo de álcool em pacientes após um novo diagnóstico de insuficiência cardíaca.
O estudo de natureza observacional que envolveu 393 pacientes sugere que o consumo limitado de álcool até sete doses por semana foi associado a uma sobrevida média adicional de pouco mais de um ano, aos 383 dias, em comparação com os que se abstiveram do consumo de álcool.
Mas o tempo de vida após um novo diagnóstico de insuficiência cardíaca foi de cerca de 7,5 anos entre os pacientes envolvidos no estudo. Os investigadores não tiveram informações sobre a causa da insuficiência cardíaca dos pacientes.
Os investigadores indicaram que os “níveis ótimos de consumo de álcool por adulto com insuficiência cardíaca, ainda precisam ser determinados”, e os resultados do estudo “não devem ser interpretados como sugerindo que indivíduos com diagnóstico recente de insuficiência cardíaca devem começar a ingerir bebidas alcoólicas após o diagnóstico se não bebiam antes do diagnóstico.
O estudo apresenta importância dado que “mais de um milhão de idosos desenvolvem anualmente insuficiência cardíaca” e o resultado do estudo aponta para “o consumo limitado de álcool entre idosos com insuficiência cardíaca está associado a um aumento de tempo de vida em comparação com os que se abstiveram a longo prazo”, sugerindo “que os mais idosos que desenvolvem insuficiência cardíaca” podem não precisar se abster do consumo de níveis moderados de bebidas alcoólicas.