Decorreu, no dia 1 de dezembro, a jornada de abertura do novo ano pastoral de Fátima. O novo ano tem como tema “Dar Graças por Peregrinar em Igreja”. No mesmo dia foi inaugurada a exposição “Capela Múndi”, uma exposição temporária “comemorativa do centenário da construção da Capelinha das Aparições”.
Na abertura do novo ano pastoral, o Cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, referiu que mesmo com as “poeiras” a caírem sobre a Igreja esta deve prosseguir a sua peregrinação no Mundo e na História.
O Santuário de Fátima iniciou no domingo, 2 de dezembro, o novo Ano Pastoral para o qual convida os peregrinos a “Dar Graças por Peregrinar em Igreja”, uma dimensão de eclesial que é sublinhada pela Mensagem de Fátima, referiu Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário.
O Reitor explicou que “a mensagem de Fátima põe em destaque esta dimensão eclesial”, que é “a consciência de sermos povo de Deus”. A dimensão eclesial da mensagem assume a forma muito explícita, no chamado “Segredo”, na referência ao “Bispo vestido de branco” e à “Igreja peregrina e mártir.”
Para o Reitor do Santuário a consciência de ser Igreja experimenta-se, em Fátima, de “muitos modos”, e “desde a participação nas celebrações sacramentais; nas assembleias crentes que aqui se reúnem para a expressão comum da fé, para adorar a Deus, dar-Lhe graças e louvá-l’O; na união e comunhão com o Papa e na oração por ele, tão característica de Fátima.”
O tema do ano pastoral “Dar Graças por Peregrinar em Igreja” pretende sublinhar, referiu o Reitor que a Igreja é dinâmica, ou seja, “é uma peregrinação”, e acrescentou: “Neste caminho da Igreja, as Aparições de Fátima são consolo que Deus oferece aos membros da sua Igreja peregrina; são auxílio para o caminho. No longo peregrinar dos seus filhos, Maria apresenta o seu Coração Imaculado como refúgio e caminho.”
Este no ano vai permitir “refletir sobre o sentido da peregrinação e sobre os traços mais característicos da peregrinação a Fátima” e “refletir sobre o Santuário como meta de peregrinação e lugar de forte experiência de Igreja, porque lugar de forte experiência do Deus que congrega a Igreja e reúne o seu povo.”
Em 2019, o Santuário de Fátima vai viver dois centenários especialmente relevantes: o centenário da construção da Capelinha das Aparições e o centenário da morte de S. Francisco Marto.
Os cem anos da construção da Capelinha é o acontecimento inspirador do tema do ano, pois fazendo memória do relato da Aparição de 13 de outubro, momento em que Nossa Senhora disse aos videntes: “Quero que façam aqui uma capela”. A foi o início do Santuário e constitui, ainda hoje, o seu “coração”, referiu Reitor do Santuário.
Para Carlos Cabecinhas “em contexto cristão, o edifício da igreja – neste caso, a ‘capela’ – é sempre símbolo da Igreja de pedras vivas que aí se reúne para celebrar a presença de Jesus Cristo. S. Pedro, na sua primeira epístola, exorta-nos a tomarmos consciência da nossa condição de ‘pedras vivas’ que entram na construção de um edifício espiritual, a Igreja.“
O Reitor do Santuário destacou, também, a atenção especial que o Santuário vai destinar aos jovens, sobretudo a esse grande evento que será a Jornada Mundial da Juventude no Panamá, em janeiro de 2019, para onde irá a título excecional, a Imagem Nº 1 da Virgem Peregrina de Fátima, atendendo à importância do evento mas também ao itinerário mariano proposto pelo Papa Francisco que escolheu Maria como tema central da caminhada de preparação para a Jornada Mundial da Juventude de 2019.
A nível cultural, o novo ano possuiu um programa musical diversificado salientando-se a exposição temporária “Capela Múndi”, que pode ser visitada diariamente até 15 de outubro do próximo ano, no Convivium de Santo Agostinho.