A exposição “Paradisaea” concebida pelo designer Fernando Brízio e coordenada e produzida por Carla Cardoso, ambos professores da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Politécnico de Leiria, nos antigos celeiros do Hub Criativo do Beato, em Lisboa, homenageia os 20 anos do Lux Frágil.
A mostra conta também com a colaboração de mais de 20 estudantes e diplomados da ESAD.CR, e revisita a comunicação visual e sonora que designers e artistas criaram ao longo dos 20 anos do Lux.
A “Paradisaea” é constituída por três instalações, em que uma destas pensa o projeto do Lux na perspetiva da Lisboa moderna no espaço e as suas constantes transformações, outra instalação mostra o uso do vídeo como espaço de experimentação, e a terceira, mais focada na música, dá a conhecer o Lux como espaço performativo e mostra os objetos que andaram entre o público e foram utilizados ao longo dos anos.
Uma exposição onde podemos “ver e ouvir”, e sobretudo “sorrir de frente para a nossa história”, onde é mostrada “uma parte do trabalho de concepção do Lux desenvolvido por Manuel Reis ao longo dos últimos 20 anos, em parceria com designers, artistas e músicos das mais diversas proveniências”, descreveu a organização da “Paradisaea”.
O projeto que recorre a “uma quantidade considerável de materiais que contribuíram para a aura do Lux ao longo da sua história, e que tantas vezes povoaram o nosso imaginário” começou a ser imaginado no início de 2017, e envolveu a organização de todo o trabalho criativo de muitas pessoas que ao longo de duas décadas deram a conhecer o espaço Lux Frágil.
A “Paradisaea” integra as comemorações dos 20 anos da Expo 98. Uma comemoração organizada em co-produção com a EGEAC Cultura em Lisboa e as Galerias Municipais de Lisboa.
O nome dado à exposição “Paradisaea” vem do grupo de aves passeriformes pertencentes às aves-do-paraíso, que se destacam pela plumagem exuberante e as alterações ocorridas nos seus corpos durante as danças de exibição que fazem para seduzir. Estas demonstrações de beleza acontecem no cimo de árvores ou pequenas clareiras na floresta. “O Lux Frágil é como essas clareiras na floresta. “Clareira noturna” onde o dispositivo cénico, catalisador emocional fruto de uma estratégia integrada de design, nos permite, instigados pela música, aceder a um lugar primordial de beleza, liberdade e felicidade — a matéria de trabalho do Lux”, descreveu a organização, indicado em comunicado.
O Lux abriu as portas a 29 de setembro de 1998, e marcou o início da reconversão da zona do Cais da Pedra a Santa Apolónia, e da nova zona Oriental de Lisboa, que ali tem o seu início. O edifício tornou-se uma referência através da visão de Manuel Reis, com a criação de três andares de espaços multifuncionais com ambientes musicais distintos, adequados para receber concertos, instalações, projetar vídeos, acolher performances, entre outros.
A exposição pode ser visitada até ao dia 11 de novembro, de segunda a quinta-feira das 14h00 às 19h00, às sextas-feiras das 14h00 às 21h00, aos sábados das 12h00 às 21h00, e aos domingos das 12h00 às 19h00, no Hub Criativo do Beato, em Lisboa.