Agostinho Carvalho, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho), ganhou uma bolsa de um milhão de euros, para o desenvolvimento de um projeto de investigação que “pretende identificar novos biomarcadores que mostrem a suscetibilidade das pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica para desenvolverem uma reação alérgica ao fungo Aspergillus”. Um fungo “que existe no ar que respiramos.”
A bolsa foi atribuída a Agostinho Carvalho no âmbito do primeiro concurso da “Iniciativa Ibérica de Investigação e Inovação Biomédica, i4b”, promovido pela Fundação “la Caixa” a pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e destinado a projetos de excelência no campo da saúde de investigadores portugueses e espanhóis.
Com o projeto, o cientista procura “melhorar a prevenção, identificação e tratamento” da doença pulmonar obstrutiva crónica “através de estratégias de medicina de precisão, ao mesmo tempo que pretende recuperar a qualidade de vida dos doentes.”
A equipa liderada por Agostinho Carvalho vai agora “desenvolver abordagens de medicina de precisão em que determinado teste de diagnóstico ou terapia pode ser aplicado ao perfil de cada pessoa.”
O cientista lembrou, citado pela UMinho, que “a aspergilose pulmonar crónica apresenta uma mortalidade elevada devido à inexistência de terapias antifúngicas adequadas. Afeta milhares de doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica todos os anos em Portugal e mais de 250 milhões em todo o mundo.”
O concurso promovido pela Fundação “la Caixa” e pela FCT recebeu 785 candidaturas. Agostinho Carvalho é um dos vinte investigadores que ganharam bolsa, e um entre os oito em Portugal que no total recebem cinco milhões de euros. O projeto de Agostinho Carvalho foi distinguido com o financiamento máximo disponibilizado neste concurso por projeto por este “ter um caráter transdisciplinar.”