Nelson está morto, isso é ponto assente. Mas Selma e Ana, a esposa e a amante do indivíduo, são obrigadas a viver na mesma casa e a partilhar a sua memória. Este é, em resumo, o enredo da peça ‘Alto Falante’, da atriz e dramaturga brasileira Lena Roque, que no dia 26 de julho, pelas 21h30, no Museu da Quinta de Santiago, animará mais uma sessão da iniciativa ‘Salvé a Língua de Camões’. Escreveu, em nota de imprensa, o Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Matosinhos.
A Peça dirigida por William Gavião, tem a leitura encenada de “Alto Falante a cargo de Marta Giesta e Margarida Magalhães, que dão vida ao diálogo de Selma e Ana em torno do mistério que rodeia a morte de Nelson e a sua peculiar herança: uma casa onde a mulher e a amante passam a viver juntas, partilhando dores, aflições e surpreendentes revelações,
Lena Roque é mais conhecida como atriz, distinguida os prémios de representação dos conceituados festivais de cinema de Recife e de Fortaleza, mas a brasileira é também encenadora e autora dos textos dramatúrgicos ‘Impressões’, ‘Alto Falante’, ‘Autópsia’ e ‘Louca de amor- quase surtada’, este último uma adaptação do livro ‘Confissões de uma louca de amor’, de Viviane Pereira.
‘Salvé a Língua de Camões’ é um projeto do Teatro Reactor em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos. Um projeto que divulga textos dramatúrgicos do Brasil, de Cabo Verde, de Portugal e de Angola há quase 15 anos. Uma vez por mês, as palavras da língua de Camões ganham vida na voz de atores profissionais ou de voluntários, revelando expressões teatrais e mundividências pouco conhecidas do mundo lusófono, num exemplar trabalho de teimosia, longevidade e persistência.