Artista plástico e professor, Pedro Morais nasceu em Lisboa em 1944 e dedicou a sua vida à arte e ao ensino, morreu dia 7 de julho. A perda de uma personagem marcante que Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, lembra como artista e sobretudo como professor e influenciador do sucesso de muitos outros artistas.
Pedro Morais frequentou o curso de pintura da ESBAL, e em Paris, a partir de 1965, onde viveu, frequentou a École des Beaux Arts, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e, em 1977, já em Portugal, foi professor na Escola António Arroio. Entre 1979 e 1994, fundou e dirigiu o Atelier Livre, projeto de ensino artístico que marcou os seus alunos e se tornou referência como espaço de discussão livre e partilhada, inspirando uma geração de artistas.
Usou a pintura, a escultura, o desenho e o som para questionar e interpelar, dando atenção ao detalhe. Na sua exposição “Nudez – uma invariante”, que ocupou o Pavilhão Branco em Lisboa em janeiro deste ano, refletiu sobre o carácter impermanente da existência, num projeto dedicado a Leonardo da Vinci e a Marcel Duchamp.
Pedro Morais foi um dos nomes mais influentes da arte portuguesa atual, trabalhando nos bastidores e impulsionando o trabalho de várias gerações de artistas, inspirando-os a encontrar o seu próprio caminho.