As exportações de bens cresceram 18,1% em abril de 2018, o que representa mais 708 milhões de euros do que o valor atingido em abril de 2017. Um crescimento em que se destacam como destino a Espanha com mais 18%, França com mais 25%, Alemanha com mais 24% e o Brasil com mais 55%.
O crescimento deu-se num conjunto diversificado de setores, em que se destaca o setor “material de transporte” que cresceu 46%, ou seja, 300 milhões de euros em de exportações, e o setor “produtos alimentares e bebidas” que cresceu 10%, ou seja, 40 milhões de euros.
Com um crescimento das exportações superior ao das importações, neste caso 18,1% contra 13,1%, Portugal afirmou-se como um país exportador melhorando o saldo da balança comercial.
Em 2005 o valor das exportações de bens e serviços representava cerca de 27% do PIB, e em 2018 o valor é de 44% do PIB, mostrando um crescimento de 17%. Neste caso Portugal atingiu o valor mais elevado do peso das exportações no PIB dos últimos 23 anos. Dados conhecidos a partir do início da série do INE/Eurostat em 1995.
Os níveis atingidos das exportações eram já perspetivados pelas empresas para 2018. Lembrando que “o valor das exportações de bens e serviços atingiu um valor recorde em 2017 e ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 80 mil milhões de euros, fixando-se em mais de 84 mil milhões de euros”, sendo que “as exportações de bens e serviços cresceram 11,2%, atingindo o maior crescimento homólogo dos últimos 6 anos.”
O Ministério da Economia indicou que “o contributo das exportações fez de 2017 e de 2016 os dois anos com os maiores saldos da balança de bens e serviços desde 1996”. O crescimento das exportações, no entanto, “permitiu apenas uma ligeira descida do saldo de 2016 para 2017”, dado que se verificou um “aumento significativo de importações de máquinas e equipamentos” e um “aumento do preço do petróleo.”
Para Manuel Caldeira Cabral, Ministro da Economia, “estes resultados mostram que apesar do arrefecimento do crescimento na União Europeia, a indústria portuguesa continua fortemente competitiva e a registar bons crescimentos quer nos mercados europeus, quer no mercado extracomunitário.”