O 24.º Congresso Nacional de Medicina Interna decorre a partir do dia 31 de maio até dia 3 de junho, no Centro de Congressos do Algarve, nos Salgados. Para Estevão de Pape, Presidente do Congresso, trata-se de uma oportunidade para “consolidar conhecimentos” e explicar que “a base holística e a diversidade dos profissionais de medicina interna contribuem para um melhor funcionamento do sistema de saúde nacional e, particularmente, dos hospitais, numa altura em que enfrentam vários desafios sociais”.
Os especialistas vão abordar temas de relevo para a prática clínica, dando especial destaque “aos desafios que a especialidade enfrenta, como o envelhecimento da população e consequentes comorbilidades, a fragmentação do conhecimento e a hiperespecialização dos internistas, alternativas ao internamento e a necessidade da redução do número de doentes que acorrem aos serviços de urgência hospitalares. Desafios estes que deverão ser liderados por profissionais de medicina interna, muito pelas qualidades e formação dos seus internistas.”
O congresso deste ano possui o lema ‘Medicina Interna 100 Margens’. Com este lema é dado porque “a Medicina Interna não deve ter limites ou margens. Não devemos fechar-nos no hospital sem falar com outras especialidades. Não nos devemos fechar à comunidade e ao doente e aos desafios atuais. A Medicina Interna é o grande pilar dos hospitais, a força motriz da vida hospitalar, com uma visão global única. Temos de saber liderar mas também ter a responsabilidade da dedicação sem limites, aplicando à doença, e ao doente, todas as áreas da medicina interna e interligando-as para tirar daqui o melhor partido”, referiu Estevão de Pape.
A sessão de abertura do Congresso decorre no dia 1 de junho, pelas 10h30 e conta com a presença de vários nomes de relevo no sector, tais como: Rosa Matos, Secretária de Estado da Saúde em representação do Ministro da Saúde; Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos; Armando Carvalho, Presidente do Colégio Medicina Interna, Xavier Corbella, Secretário-geral da European Federation of Internal Medicine (ENFIM), e Diogo Cruz, Subdiretor Geral da Saúde.
Ao longo dos três dias do congresso, e como consta do programa, são vários os temas em destaque, como: ‘Complicações Clínicas em internamentos prolongados por motivo social após alta clínica, caracterização de um serviço de medicina; ‘Alternativas ao internamento convencional’; ‘Inovação em saúde’; ‘Hospitalização domiciliária – Um modelo para saúde 100 fronteiras’; ‘Globalização em saúde pública: Desafios e oportunidades’ e ‘Questões éticas em fim de vida’, este último apresentado por Guilherme Oliveira Martins da Fundação Gulbenkian.
Estevão de Pape conclui: “É neste congresso, nas suas comunicações, que veremos grandes estudos e projetos apresentados, por especialistas de medicina interna, na área de insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão e doenças autoimunes, por exemplo. O programa foi pensado para dar especial destaque ao jovem internista de forma a criar a dinâmica necessária para uma nova forma de olhar o hospital, ainda mais atualizado, moderno e organizado, sem falhas de comunicação e que contribuem para uma melhor e maior oferta do sistema de saúde”.