A estação espacial chinesa Tiangong-1, já desativada, está a caminho da terra. A estação sem qualquer controlo deverá, ao entrar na atmosfera, ser destruída em parte, mas algumas peças devem chegar à superfície.
A Agência Espacial Europeia (ESA) está a acompanhar o percurso da Tiangong-1 para a Terra, através do Comité de Coordenação de Detritos Espaciais da Inter Agência. Diversas agências e organizações espaciais estão a acompanhar a reentrada na estação espacial chinesa através de rastreamento por radar.
A nave espacial Tiangong-1 tem 12 metros de comprimento, um diâmetro de 3,3 metros e uma massa de 8.506 quilogramas. A estação está desativada desde 2013 e não há qualquer contato desde 2016.
A nave está agora a cerca de 179 quilómetros de altitude, devendo provavelmente destruir-se até à madrugada de 2 de abril, indicou a ESA. A Agência acrescentou que “devido a grandes variações na dinâmica atmosférica e no processo de desmembramento, entre outros fatores, a data, a hora e o local da reentrada só podem ser previstas com grandes incertezas.”
A ESA indicou que todas as semanas, em média, um satélite desativado entra na atmosfera terrestre e é destruído, indicou a Agência Espacial Europeia. A monitorização das reentradas destes equipamentos e o aviso das autoridades civis europeias tornaram-se um trabalho de rotina para os especialistas em detritos espaciais da ESA.
Por ano cerca de 100 toneladas de satélites desativados, naves espaciais descontroladas, equipamentos e componentes são libertos, bem como coberturas de instrumentos, que são arrastados para a atmosfera superior da Terra, terminando por ser consumidos em “arcos flamejantes pelo céu”.
Alguns dos objetos são grandes e volumosos, e alguns pedaços conseguem sobreviver à reentrada na atmosfera e alcançar a superfície. Como o planeta Terra é principalmente coberto por água, logo muitos destes objetos caiem e nunca são vistos afundando-se nos oceanos, ou pousando longe das regiões habitadas.
Os objetos em órbita são seguidos por uma rede de radares militares dos EUA, que compartilha os dados com a ESA, dado que a Europa não possui capacidade própria para fazer o rastreamentos dos objetos no espaço.