O projeto envolve uma parceria entre o IPS e mais dez entidades (universidades, empresas e associações) de oito países europeus, sendo a equipa de investigação coordenada em Portugal pelo Prof. Doutor Luís Coelho, indica o IPS em comunicado.
O objetivo do projeto TESSe2b é o desenvolvimento de um equipamento para climatizar as habitações e aquecer as águas sanitárias. Este sistema é baseado no armazenamento térmico de energia e com recurso às energias renováveis (solar e geotérmica), permitindo “aumentar a eficiência energética entre 25 a 30%, o que significa que para o proprietário a sua fatura energética vai ser reduzida nesta mesma grandeza”, referiu o Prof. Doutor Luís Coelho, citado pelo IPS.
Ao serem criadas as condições para aumentar a utilização da energia solar e geotérmica, através de equipamentos adequados, pode ser dado um contributo importante para se alcançarem as metas definidas para a redução do consumo de energia, tanto em Portugal como nos outros países europeus, bem como “contribuir para a sustentabilidade do ambiente e para a economia nacional”.
O projeto possui como meta tornar disponível um equipamento que em 2020 deverá já estar no mercado. Esta meta é um grande desafio para os investigadores, dado que “atualmente não existem soluções que consigam armazenar e conservar o calor ou frio com o máximo de eficiência”.
Os investigadores vão recorrer “a nanotecnologia e diferentes tipos de tecnologias para conseguir tornar o armazenamento praticável e mais eficiente”, indicou o coordenador do projeto. “Para testar o seu real funcionamento e adaptação a climas diferentes, vão ser implementados três protótipos do TESSe2b no Chipre, em Espanha e na Áustria”.
O IPS já participa em projetos europeus há alguns anos, mas dadas as exigências do atual programa Horizonte 2020 o Prof. Doutor Pedro Dominguinhos, Presidente do IPS, afirma ter “ fortes expetativas neste projeto, pois a área da eficiência energética é uma aposta do IPS que tem tido bons resultados”.