O Prémio Universidade de Lisboa (ULisboa) é atribuído anualmente, desde 2006, com o objetivo de distinguir o mérito de uma individualidade que tenha contribuído de forma notável para o progresso da Ciência e/ou da Cultura e projeção internacional de Portugal.
Este ano o júri decidiu atribuir o prémio ao professor Jorge Calado, e como refere na ata de decisão, é em “em reconhecimento do seu percurso de cientista, professor e divulgador de ciência, mas também pela sua intervenção cultural, sobretudo através da critica musical e de fotografia”.
Jorge Calado licenciou-se no Instituto Superior Técnico (IST) em Engenharia Química e doutorou-se em Química pela Universidade de Oxford, Reino Unido. Professor catedrático do IST, agora aposentado, e professor catedrático-adjunto de Engenharia Química na Universidade de Cornell, EUA.
O Júri também justificou a atribuição do prémio a Jorge Calado referindo tratar-se de um “cientista de formação, humanista por vocação, no seu percurso profissional e na sua intervenção pública, cruzou saberes, cultivou de modo singular as ciências e as humanidades tornando-as acessíveis e atraentes para um público alargado, através de uma consistente intervenção de relevante significado cívico”.
O professor teve sempre uma relação especial com as artes e a ligação entre as ciências e as artes, tendo lecionado no IST e na Universidade de Cornell diversos cursos como ‘A Arte da Ciência’, ‘Arte, Técnica e Sociedade’ e ‘Os Limites da Ciência’.
Jorge Calado é autor de várias obras, sendo a mais conhecida ‘Haja Luz! Uma História da Química através de Tudo’, publicada pela ‘IST Press’, uma editora que ele próprio fundou no IST, em 2011.
Jorge Calado é considerado um dos mais proeminentes professores do IST, tendo sido o primeiro químico a receber o mais alto galardão da Sociedade Portuguesa de Química -Prémio Ferreira da Silva. Sócio efetivo da Academia de Ciências de Lisboa desde 1988 e membro de várias comissões científicas internacionais.
O Prémio Universidade de Lisboa tem um valor pecuniário de 25 mil euros que é suportado pela Caixa Geral de Depósitos.