A Queen’s University Belfast integra o consórcio internacional que desenvolve um sistema de aplicação de medicamentos em pessoas com alto risco de virem a ser infetadas com VIH. O sistema deve reduzir as probabilidades de contraírem a infeção.
A profilaxia pré-exposição ao VIH (ou a PrEP) é quando as pessoas com alto risco de VIH recebem medicamentos contra o VIH diariamente para reduzir o risco de infecção. A PrEP pode impedir que o VIH se fixe e se espalhe por todo o corpo.
Investigadores da Queen’s University Belfast e colegas da PATH, ViiV Healthcare, do Population Council e da LTS Lohmann Therapie-Systeme AG estão a desenvolver um novo sistema de aplicação de medicamentos para HIV, o PrEP está em preparação para futuros ensaios clínicos.
Para o desenvolvimento e testes do novo sistema de aplicação de medicamentos, o consórcio de investigadores recebeu 10 milhões de dólares da agência USAID. Que agora vão trabalhar com mulheres e profissionais de saúde no Quénia, África do Sul e Uganda para desenvolver o sistema tendo em conta as necessidades específicas das populações
O sistema de aplicação de medicamentos consiste num tecnologia discreta e fácil de usar que contém minúsculas projeções que penetram sem dor na camada superior da pele para entregar os medicamentos. As projeções contêm grandes quantidades de medicamentos contra o VIH sob a forma de partículas sólidas microscópicas. Quando as projeções se dissolvem na pele, as pequenas partículas vão libertando medicamentos ao longo de semanas e meses, esclareceram os investigadores da Queen’s University Belfast.
O Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH/SIDA estima que 1,8 milhão de pessoas ficaram infetadas com o VIH, em 2016, com a maioria das infeções a ocorrer em mulheres jovens na África subsaariana.
A utilização consistente da PrEP oral diária do VIH pode ajudar a reduzir o risco de infeção, mas a esta utilização pode ser desafiadora, referem os investigadores, pelo que um mecanismo de entrega discreto que permita a autoadministração de uma PrEP de longa ação, com o potencial de proteger os utilizadores durante semanas ou meses, pode aumentar a consistência dos medicamentos sobretudo em mulheres em risco.