O glaucoma é uma doença silenciosa que afeta mais de 100 mil portugueses. A principal causa da doença é o aumento da pressão intraocular, ou seja, da pressão dentro dos olhos. A pressão intraocular normal varia entre 8 e 21 mmHg, mas quando aumenta para lá de 21 mmHg o risco de lesão do nervo ótico também aumenta.
O Ciclodestruição por ultrassons é um “procedimento minimamente invasivo”. O procedimento que está já disponível também no Hospital Lusíadas Lisboa, “não envolve incisões ou suturas, é feito através da aplicação de uma sonda sobre o olho, reduzindo a pressão intraocular por destruição, por ultrassons, do corpo ciliar (onde o humor aquoso é produzido)”, referiu Luís Abegão Pinto, oftalmologista do Hospital Lusíadas Lisboa, citado em comunicado.
A ciclodestruição por ultrassons apresenta diversas vantagens em relação ao recurso ao laser, “a tolerabilidade para o doente, ser menos doloroso e ser um procedimento completamente automatizado, em que os tempos de coagulação são predefinidos”, referiu o oftalmologista.
Em comparação com as cirurgias ‘clássicas’, como a trabeculectomia, a ciclodestruição por ultrassons “apresenta um melhor perfil de segurança, o que se repercute num pós-operatório menos penoso para o doente”.
“O glaucoma é a segunda causa de cegueira irreversível, no mundo”, pelo que “a possibilidade de reduzir a pressão intraocular em 30%, em doentes específicos, com o recurso a esta nova técnica, representa um enorme avanço nesta área, com grandes vantagens para o doente”. Indicou José Pedro Silva, Coordenador da Unidade de Oftalmologia do Hospital Lusíadas Lisboa, citado em comunicado.