O ano de 2017 foi o segundo ano mais quente, em Portugal Continental, desde 1931, o primeiro foi o de 1997, indica Balanço Climático Preliminar de 2017 do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que o classifica como extremamente quente, com o valor de temperatura média do ar cerca de mais 1,1°C superior ao valor normal.
A temperatura máxima em 2017 foi cerca de mais 2,4°C superior ao valor normal, neste caso é o valor mais alto desde 1931, ultrapassando em cerca de 1°C o maior valor atingido em 1997, e um desvio anómalo de mais 1,4ºC. Em relação ao valor médio anual de temperatura mínima este apresentou valores normais para o período 1971 a 2000.
Ao longo do ano de 2017 verificou-se que os valores de temperatura máxima e média do ar mantiveram-se persistentemente acima do valor normal, em especial nos meses de abril, maio, junho e outubro, tendo o mês de outubro sido o mais quente dos últimos 87 anos.
Dados do IPMA indicam que “ano de 2017 foi extremamente seco e estará entre os 4 mais secos desde 1931, (todos ocorreram depois de 2000) ”, e “o valor médio de precipitação total anual será cerca de 60 % do normal. O período de abril a dezembro, com anomalias mensais de precipitação persistentemente negativas, será o mais seco dos últimos 87 anos.”
Precipitação baixa e valores de temperatura muito altos levou a altos valores “de evapotranspiração e a valores significativos de défice de humidade do solo”. O IPMA indica que em 27 de dezembro, os valores de água no solo “são inferiores a 40 % nas regiões do interior centro e do sul do país”, mantendo-se no “final de dezembro a seca meteorológica nas regiões do norte e centro.”