No passado dia 15 e 16 de dezembro, a atrativa cidade de Viana do Castelo recebeu o II Encontro de Investidores da Diáspora, no Forte de Santiago da Barra, numa iniciativa conjunta da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas/Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora (GAID) e do Município de Viana do Castelo.
O encontro, que teve como principal objetivo promover a dinamização do tecido empresarial da diáspora portuguesa e do seu duplo potencial, enquanto origem de fluxos de investimento e destino de iniciativas de diversificação de mercados por parte de empresários portugueses, juntou cerca de meio milhar de investidores lusos vindos de todo o mundo, com particular incidência da França, Brasil, Alemanha, Estados Unidos da América e Moçambique. E computou a presença de diversos membros do Governo, entre eles, os ministros dos Negócios Estrangeiros, da Economia, e do secretário de Estado das Comunidades, assim como de várias entidades públicas, responsáveis por sectores ligados à informação, conhecimento, turismo e investimento.
A plêiade de agentes políticos, económicos e sociais que rumou por estes dias a uma das cidades mais conhecidas do norte do país, é reveladora do potencial da diáspora portuguesa na globalização da economia nacional, na promoção da internacionalização das empresas lusas e no apoio à sua atividade exportadora, na captação de investimento estruturante e na promoção da imagem de Portugal, que ainda recentemente foi o primeiro país europeu a ser eleito o melhor destino turístico do Mundo.
Num mundo cada vez mais global e competitivo, a diáspora lusa que está praticamente presente em todos os países do Mundo, e que entre portugueses e luso-descendentes até à terceira geração ultrapassa os 30 milhões de pessoas, constitui eminentemente um ativo estratégico e incontornável na afirmação internacional de Portugal.
Nesse sentido, a realização do II Encontro de Investidores da Diáspora, ao revigorar uma das ideias-mestras da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), designadamente que o país não termina nas fronteiras e é continuado por todos os portugueses que vivem no estrangeiro e contribuem ativamente para o seu desenvolvimento, impele que a sociedade portuguesa em geral, e o Governo em particular, reconheçam e valorizem condignamente os compatriotas das várias comunidades espalhadas pelo Mundo.
Autor: Daniel Bastos, Historiador e Escritor