O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, que este ano foi atribuído à oposição democrática na Venezuela, foi hoje entregue a representantes da oposição democrática, numa cerimónia no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo.
Durante a entrega do prémio Antonio Tajani, presidente do PE, referiu que “o prémio é dedicado a todos os venezuelanos no mundo.”
Na sua intervenção em plenário, Antonio Tajani referiu-se à deterioração da situação dos direitos humanos na Venezuela e pediu “o regresso a eleições livres, com a participação de todos, para que o povo venezuelano possa decidir o seu futuro”.
Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela referiu que “o Prémio Sakharov reconhece as mães que se negam a comer para salvar os seus filhos, as crianças que procuram saciar a sua fome no lixo, os idosos que morrem devido à falta de medicamentos”, mas também “reconhece os jovens que emigram por desespero, os professores que superam a cegueira ideológica”, e todos “os que lutam pelos direitos humanos na Venezuela”, incluindo os “jornalistas venezuelanos que arriscam a vida para mostrar uma realidade que alguns desejam que seja mantida em silêncio.”
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela apelou a ajuda humanitária, que considerou ser fundamental, e lembrou que “75% dos venezuelanos perderam 10 quilos de peso nos últimos 12 meses.”
Antonio Ledezma, autarca de Caracas e autoexilado na Europa, referiu: “Este prémio dá-nos energia para continuar a lutar pelos valores e princípios da democracia.”