Desde a criação do programa Erasmus pela Comissão Europeia o número de estudantes em mobilidade não para de aumentar, o que tem levado a um aumento do orçamento comunitário do programa.
A União Europeia (UE) investiu um montante recorde de 2,27 mil milhões de euros para apoiar 725.000 europeus em bolsas de mobilidade para estudar, lecionar, receber formação, trabalhar ou fazer voluntariado no estrangeiro. Desde o lançamento do Erasmus + em 2014 o orçamento já subiu mais de 2 milhões de euros.
Em 2016, o programa investiu também em 21.000 projetos que envolveram 79.000 organizações de ensino, formação e de juventude, neste caso mais 15 % que em 2015.
Para Tibor Navracsics, Comissário responsável pela Educação, a Cultura, a Juventude e o Desporto, o programa de mobilidade Erasmus + “permite desenvolver aptidões e competências e reforça a identidade europeia, que complementa e enriquece as entidades nacionais e regionais.”
De acordo com o relatório do programa “os resultados demonstram que o Erasmus+ está a caminho de cumprir o seu objetivo, o de dar apoio a 3,7 % dos jovens da UE entre 2014 e 2020. Mostram igualmente que o programa tem potencial para contribuir para uma Europa aberta, em que a mobilidade para fins de aprendizagem seja norma.”
A mobilidade deve ser uma preocupação dos governos europeus, indica Tibor Navracsics, para a criação de “um Espaço Europeu da Educação, e a tornar a mobilidade uma realidade, para todos, até 2025, duplicando o número de participantes no Erasmus+, e a chegar às pessoas de meios desfavorecidos”.
De acordo com o relatório Erasmus +, no ano letivo de 2015/2016, as instituições de ensino superior enviaram e acolheram 330.000 estudantes e outro pessoal educativo, incluindo 26.000 estudantes oriundos de países parceiros fora da UE ou europeus que foram enviados para esses países.
A França, a Alemanha e a Espanha foram os três países que enviaram mais estudantes e pessoal educativo para a mobilidade. A Espanha, a Alemanha e o Reino Unido foram países que acolheram mais estudantes.
O relatório mostra ainda que o Erasmus+ tem vindo a contribuir para responder a desafios sociais mais alargados, como ações destinadas a promover a inclusão social a aquisição, pelos jovens, de competências sociais, cívicas e interculturais, e ainda de pensamento crítico.
Dados do relatório indicam que em 2016:
- O programa Erasmus+ apoiou 1.200 projetos de cooperação para a promoção da tolerância, a não discriminação e a inclusão social, envolvendo 200 milhões de euros;
- Foi ativamente apoiado o setor da juventude, com projetos que visam os refugiados, os requerentes de asilo e os migrantes;
- Foram financiados 35 projetos que envolveram 245 organizações e 13 milhões de euros, no desenvolvimento de políticas e estratégias de prevenção da radicalização violenta e na promoção da inclusão dos estudantes desfavorecidos, incluindo as pessoas oriundas da imigração.