Direção Regional de Cultura do Norte indicou que a conservação e restauro do Coro Alto e Coro Baixo da Igreja de Santa Clara no Porto já teve início e que isso levou ao encerramento das visitas públicas. Uma obra orçada em 175 mil euros.
A conservação e restauro do recheio artístico do Coro Baixo integra os retábulos, esculturas e teto em caixotões; enquanto no Coro Alto integra o cadeiral, pinturas e esculturas integradas, revestimento azulejar e teto policromado.
A intervenção é vasta e conta com um investimento total de 2 milhões de euros para ações “de valorização e promoção do importantíssimo Monumento Nacional, classificado desde 1910”. Uma intervenção que é comparticipada em 85% pelo Programa Operacional Norte 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com o Mecenato da Irmandade dos Clérigos e Fundação Millennium BCP.
A intervenção de conservação e restauro agora iniciada dá continuidade aos trabalhos já executados entre 2014-2015, e que foi feita “no âmbito de uma candidatura apresentada pela DRCN à medida Património Cultural do ON2/QREN e que constou, genericamente, na execução de uma barreira anti térmita, drenagem perimetral, colocação de novo revestimento cerâmico nas coberturas e reabilitação/execução de alguns vãos.”
Agora a intervenção em curso vai levar a cabo a “realização de trabalhos de conservação e restauro do recheio artístico da igreja e espaços anexos: sacristia, coro e portaria, intervenção essa assente em critérios de rigor histórico, científico e técnico, levado a cabo por especialistas nas diferentes áreas de intervenção: talha, escultura, azulejo, pintura mural, pintura de cavalete, pedra e metal.”
A obra vai ainda, “no âmbito de trabalhos especializados”, proceder a uma intervenção nos portais trabalhados em granito e o restauro do grande órgão de tubos da nave da igreja.”
“A igreja de Santa Clara é um legado artístico notável integrando a sua arquitetura talha, escultura, azulejo, pintura mural, pinturas de cavalete e património musical e possuindo elevado interesse turístico”, pelo que a intervenção é considerada urgente e fundamental na defesa do património, que é um bem do Porto, do País e mesmo de carater europeu e mundial.
A Direção Regional de Cultura do Norte indicou também que “para além da intervenção física, pretende com esta operação a proteção, valorização e promoção de um património único, de elevado valor e caráter singular através de iniciativas de programação cultural.”