“Excecional! Tem dimensão mundial”, disse o Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, logo à chega ao Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), para presidir à inauguração do edifício-sede.
“Revela aquilo que pode haver de melhor, que é a convergência não egoísta de três instituições que aceitam não apenas partilhar o espaço mas criar uma estrutura que conjuga o que se tem feito, e é muito, pela ciência em Portugal”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Ainda antes de chegar o Presidente da República ao i3S, António Costa, Primeiro-Ministro, classificou o Instituto dizendo: “Esta é uma obra perfeitamente extraordinária e notável”.
O Instituto é, referiu ainda o Primeiro-Ministro, o resultado de um conjunto de instituições que se juntaram e perceberam “que em conjunto podiam fazer mais do que cada uma por si, e não é comum em Portugal ver instituições públicas juntarem-se”, neste caso, “três instituições tão prestigiadas e que fazem do Porto um grande Pólo de Ciências Biomédicas de toda a península Ibérica”.
“Isto é uma grande alegria, é tão importante (referindo-se ao i3S) que é possível conjugar aqui o Presidente da República e o Primeiro-Ministro”, disse Marcelo Rebelo de Sousa antes de descerrar a lápide da inauguração em conjunto com Vítor Moreira, Presidente da Câmara do Porto, Sebastião Feyo, Reitor da Universidade do Porto e Mário Barbosa, Diretor do i3S.
Depois de ter visitado alguns laboratórios, onde ouviu explicações de alguns investidores, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “estes jovens investigadores que estão a assistir ao nascimento desta instituição estão certamente num ‘segundo’ país”, e acrescentou que “quem aqui trabalha é privilegiado”, pois “sabem que todos os dias estão a criar para a comunidade mais próxima e para a mais longínqua, porque são universais. Em matéria de ciência não há ‘capelinhas’ possíveis, o diálogo é universal”.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu partilhar do otimismo e da aposta no país, pelos jovens investigadores, e disse estar contente pelo momento, independentemente de terem passado alguns largos anos até ter sido possível concretizar o ‘sonho’ de muitos, e neste esforço referiu em concreto o nome de Mariano Gago.
Um otimismo, que é “um pouco o espírito habitual que tem o senhor primeiro-ministro, daquele seu otimismo ‘crónico’, e às vezes ligeiramente ‘irritante’, disse Marcelo Rebelo de Sousa, e acrescentou que para ele veria este feito de “outra ótica, de como é excecional em tão pouco tempo ter sido possível dar este passo”.
Uma obra como o i3S foi possível ser concretizada “num país cheio de ‘capelinhas’, cheio de personalidades, cheio de suscetibilidades, em que por vezes o meio académico supera o meio político ou o meio comunicacional, em termos de alta contemplação e de dificuldade de partilha com os outros”, referiu o Presidente da República.
No i3S desenvolvem ciência mais de 800 cientistas de entre mais de 1000 colaboradores que se dedicam à investigação em áreas de saúde como: Cancro, Neurobiologia e Doenças Neurológicas e Interação e Resposta do Hospedeiro.
Este novo centro de investigação resulta de três centros científicos da Universidade do Porto, isto é, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP).
O novo edifício sede do i3S custou cerca de 21,5 milhões de euros e foi financiado em 18 milhões de euros pelo Programa “ON.2 – O Novo Norte”, através do QREN e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.