Primeira fase coloca 44.914 novos estudantes no Ensino Superior Público

Primeira fase de Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao Ensino Superior colocou 44.914 estudantes, mais 5% dos estudantes colocados na mesma fase em 2016, é o número mais alto desde 2010.

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foto: Rosa Pinto

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), através da Direção-Geral do Ensino Superior, prevê que o número de novos estudantes no ensino superior público no ano letivo de 2017‐2018 atinga os 73 mil. Destes cerca de 66,5 mil estudantes nos cursos de licenciatura e mestrados integrados e cerca de 6,8 mil estudantes nos cursos técnicos superiores profissionais (TESP).

Nesta primeira fase 27.648 novos estudantes são colocados no ensino universitário e 17,266 no ensino politécnico, o que se traduz num crescimento respetivamente de 2% e de 8%. Verifica-se também um aumento de 16% no número de estudantes colocados no ensino politécnico por seleção da primeira opção.

As instituições de ensino superior localizadas em regiões de menor densidade demográfica viram aumentar as colocações de estudantes, nesta fase, de 13% em relação ao ano anterior, sendo de 20% o aumento nos politécnicos.

Na primeira fase do concurso houve 52.434 estudantes candidatos, um aumento de 6,0% face à mesma fase do ano anterior e o maior número de candidatos desde 2009, com a colocação de 44.914. Para a 2ª e 3ª fase do CNA há ainda 6.225 vagas, um número de vagas disponíveis que é o menor desde 2009.

Os candidatos ao ingresso no ensino superior público podem usar qualquer das três fases de candidatura e de acordo com o seu perfil outros mecanismos de ingresso, como é o caso dos TESP e concursos especiais, entre outros. “Estima‐se que ingressem no ensino superior público em 2017‐2018, através do CNA, cerca de 47 mil novos estudantes, representando cerca de 2/3 do conjunto dos estudantes que ingressam, anualmente, no ensino superior público.”

Da análise aos resultados das colocações na primeira fase verifica-se que as Universidades basicamente ocuparam todas as vagas, sendo nos politécnicos onde as restantes fases do concurso vão ter mais impacto, nomeadamente no Instituto Politécnico de Bragança com 1.908 vagas para os diversos cursos, incluindo os da área da saúde, ocupou apenas 707, restando 1.201, o Instituto Politécnico de Castelo Branco com 881 vagas, ocupou 487, restando 395, no caso do Instituto Politécnico de Santarém com 973 vagas, ocupou 594, restando 389, entre outros.

Os cursos de Engenharia Civil continuam a ter pouca procura tendo as vagas oferecidas pelos institutos politécnicos ficado na maior parte desertas, como é o caso do Instituto Politécnico de Bragança com 40 vagas, do Instituto Politécnico de Castelo Branco com 25 vagas, do Instituto Politécnico de Coimbra com 20 vagas, do Instituto Politécnico da Guarda com 23 vagas, do Instituto Politécnico de Leiria com 25 vagas, do Instituto Politécnico de Setúbal com 20 vagas e do Instituto Politécnico de Viseu com 44 vagas, todos as vagas ficaram nestes politécnicos sem colocações. A Universidade da Beira Interior com 20 vagas também não viu nenhuma ocupada nesta primeira fase.

Os resultados da primeira fase do concurso estão disponíveis no sítio web da Direção‐Geral do Ensino Superior, http://www.dges.gov.pt.