A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) está a construir o seu novo campus em Carcavelos, ocupando uma área de 84 mil metros quadrados. O campus deverá estar concluído dentro de um ano, para entrar em funcionamento no início do ano académico de 2018-2019.
O Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, visitou as obras no mesmo dia que o Banco Europeu de Investimento (BEI), ao abrigo do Plano de Investimento para a Europa, concedeu à Nova SBE um empréstimo de 16 milhões de euros para a conceção e construção do novo campus.
O contrato de empréstimo do BEI, com a garantia do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, para a construção das instalações da Nova SBE foi assinado por Román Escolano, Vice-Presidente do BEI e por Pedro Santa Clara, Presidente da Fundação Alfredo de Sousa. Fundação que foi criada para receber donativos, construir o campus e gerir a Escola.
Para Carlos Moedas “trata-se de campus extraordinário que pode atrair pessoas de todos os países para virem trabalhar e estudar em Portugal, e isso é muito único e muito importante para o desenvolvimento da educação no país, e para estarmos realmente entre os melhores é importante posicionarmo-nos na Europa, entre os melhores, e a Universidade Nova está a conseguir posicionar-se aí.”
As novas instalações da Nova SBE estão projetadas para acolher 3.200 estudantes, mais 700 que a atual capacidade do campus de Campolide, onde tem vindo a funcionar a Escola.
O Vice-Presidente do BEI, Román Escolano, referiu que “este investimento é, em primeiro lugar, importante para o BEI porque se trata de um investimento na educação” e “em segundo lugar é um bom exemplo do que o BEI pode fazer, que é mobilizar a cooperação entre o público e setor privado”. Um investimento que irá aumentar não apenas da dimensão do campus da Nova SBE, mas também da capacidade de ensino e investigação.
“A Europa veio, através do Banco Europeu de Investimentos, ajudar neste grande projeto, ajudar com dinheiro, com financiamento para que este projeto seja possível e para que Portugal se possa projetar lá fora, com grandes Universidades com grandes projetos. Acho que devemos ter muito orgulho neste projeto”, sublinhou Carlos Moedas.
Para Daniel Traça, Dean da Nova SBE, o investimento é justificado pelo “esforço da internacionalização, as escolas de hoje que vão vingar no futuro, que vão ser relevantes no futuro, têm de fazer um grande esforço de internacionalização, ter uma capacidade de atrair alunos portugueses mas também alunos estrangeiros da Alemanha de Itália da França, da Europa, mas também da China do Brasil ou de outros locais do Mundo.”
Román Escolano sublinhou que “o banco europeu de investimento é provavelmente mais conhecimento por investir em infraestruturas”, mas também financia “a educação, capital humano, e a inovação”, áreas importantes que podem, neste caso, “tornar Cascais num centro importante de atração de estudantes de todo o mundo.”
A internacionalização é já uma componente muito importante do sucesso da Nova SBE ao atrair muitos alunos estrangeiros, dado que “mais de 40% dos nossos alunos de mestrado são estrangeiros, 20% vêm da Alemanha, 10% vêm de Itália, de França, da Escandinávia, de uma série de nacionalidades”, pelo que o novo campus “vai-nos permitir ser ainda mais relevante neste esforço de internacionalização”, sublinhou Daniel Traça.
A atual situação demográfica em Portugal leva a que haja cada vez menos alunos “mas no mundo há cada vez mais alunos. Na Europa há cada vez mais alunos com vontade de irem estudar em países diferentes, e Portugal é cada vez mais um ponto que tem essa capacidade de atrair estrangeiros para onde podem vir viver.”
Daniel Traça indicou que a Nova SBE é “uma escola portuguesa com uma vocação fundamentalmente internacional com enorme espaço para crescer, e é esse espaço que nós queremos ocupar.” Esta vocação de internacionalização parece ser já visível no ciclo de estudos de 2017/2018, em que “entraram cerca de 600 novos alunos de mestrado, dos quais 98 alemães e 50 italianos, num total de 40 nacionalidades.”
O projeto da Nova SBE assenta numa lógica de ligação às empresas. “O Estado tem bastantes dificuldades em financiar muitos dos investimentos e a nossa resposta é a ligação às empresas”, referiu Daniel Traça, e acrescentou que “a ligação às empresas passa não só por recolher o seu apoio mas também por estar próximo delas, para suprir as suas necessidades de talento, as suas necessidades de conhecimento e em conjunto desenvolver projetos.”
O que diferencia a Nova SBE é ser uma Escola “que está, hoje, fundamentalmente a trabalhar com as empresas, com a sociedade, e também com as organizações não-governamentais”, uma Escola aberta que pode assumir no novo campus “uma experiência que pode perspetivar um ponto aglutinador daquilo que vai ser o futuro para Portugal, para a Europa e para o Mundo.”
Para atrair mais alunos estrangeiros para a Nova SBE, Daniel Traça indica que “os alunos têm duas grandes vontades, a primeira é de estarem em Escolas onde o mundo se junte”, e neste caso lembra que “quase a totalidade do ensino é em inglês. É uma escola portuguesa mas onde todos os estrangeiros se sentem em casa facilmente”, e a Nova SBE “é internacional por definição e na forma como está desenhada.”
Outra das vontades dos estudantes é terem “uma experiência de aprendizagem que não seja só na sala de aula, com um professor, fechados entre paredes, mas numa comunidade aberta em qua falem com a sociedade, com as organizações sociais, e com as empresas”. Uma abertura “para a sociedade que os alunos valorizam muito, e que é uma das valência da Nova SBE, que vai permitir atrair mais alunos, mais empresas, e mais parceiros na sociedade.”
Mas há uma terceira vontade dos estudantes que é a de fazer parte de uma Escola que está na fronteira, e como referiu Daniel Traça, “estar na fronteira não é só em investigação, mas é sobretudo na fronteira da investigação, do conhecimento e do desenvolvimento do talento, para aquilo que será o futuro”.
A Nova SBE “é uma escola de economia, de gestão e de finanças” mas também ligada a outras áreas, como a engenharia. Para o Dean da Nova SBE, “a lógica de estar na fronteira do conhecimento vai ser fundamentalmente diferente do passado”, estar na fronteira é estar no “que são os grandes desenvolvimentos.”