Fibrenamics da UMinho considerada um modelo na União Europeia

Fibrenamics da Universidade do Minho (UMinho) é considerada, em relatório da Comissão Europeia, como caso exemplar a nível europeu, na ligação universidade-indústria no domínio das fibras.

Fibrenamics
Fibrenamics. Foto: DR

A Fibrenamics, uma Plataforma Internacional da Universidade do Minho, é considerada pela Comissão Europeia como uma das boas práticas na cooperação entre o ensino superior e o meio empresarial. A estrutura trabalha diariamente com diversas empresas no desenvolvimento de produtos novos e aperfeiçoados.

A plataforma na área de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT) em fibras e materiais fibrosos foi criada em 2011 e atualmente já possui 200 parcerias com empresas e outras entidades, 19 patentes, mas também mais de 500 artigos científicos, 100 eventos em vários países e diversos produtos inovadores de sucesso no mercado, como o ProtechDry.

No domínio da investigação a Fibrenamics está também na investigação fundamental ao mais alto nível, gerindo um ritmo de inovação de mais de 20 projetos em simultâneo, e em paralelo, organiza iniciativas para fomentar a discussão de temas emergentes e o networking entre cientistas, indústria e sociedade.

Raul Fangueiro, coordenador da Fibrenamics, referiu: “Estamos muito satisfeitos por reconhecerem o nosso trabalho na promoção do crescimento económico, da inovação e da transferência de conhecimento a nível global”.

Sediada no campus de Azurém, em Guimarães, a Fibrenamics é constituída por uma equipa multidisciplinar que atua em vários setores, como arquitetura, construção, desporto, medicina, proteção e transportes. Para a Fibrenamics o lema é “Fibre the future”.

Para Raul Fangueiro existe “a preocupação constante de divulgar ao cidadão, de forma simples e completa, as inovações e as repercussões que estas têm no seu dia-a-dia”.

Um relatório da Comissão Europeia sobre o estado da cooperação entre as universidades e as empresas, que avalia a evolução nos diferentes países, e entre, outros aspetos, as perspetivas das entidades envolvidas bem como as medidas a nível regional e nacional que apoiam as iniciativas, destaca 51 casos de estudo de 33 países. Portugal representado pela Fibrenamics da UMinho e pelo programa Learning to be, da Universidade de Aveiro.

No relatório, a ligação universidade-empresa é considerada “o motor para sociedades e economias baseadas no conhecimento”, ou seja, “a Europa é cada vez mais pressionada pela concorrência mundial e por novos desafios sociais.”