Em 2016 a despesa total em Investigação e Desenvolvimento (I&D), em Portugal, foi de 2.348 milhões de euros, um valor que representou no ano 1,27% do PIB. Em relação a 2015 verificou-se um acréscimo de despesa de 114 milhões de euros e aumentou mais de 5% do que o aumento relativo do PIB.
Em 2015 a despesa em I&D nacional tinha sido de 2.234 milhões de euros, o correspondente a 1,24% do PIB. O crescimento da despesa em 2016 deu-se sobretudo no setor privado com um aumento de 8% de 2015 para 2016, ou seja, de 90 milhões de euros. Em 2015 tinha sido de 1.072 milhões de euros e em 2016 o valor atingiu os 1.162 milhões de euros.
Os dados sobre as despesas em I&D nacional acabam de ser divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e dizem respeito ao Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) referente a 2016, cujo relatório de avaliação provisória foi publicado pela Direção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) com base nas metodologias harmonizadas internacionalmente pelo EUROSTAT e pela OCDE.
A despesa em I&D pelas empresas atingiu em 2016 cerca de 0,61% do PIB quando em 2015 tinha sido de 0,58% do PIB. No caso das instituições privadas sem fins lucrativos (IPSFL) as despesas foram cerca de 0,02%. O valor total das despesas das empresas e das IPSFL representou cerca de metade da despesa nacional total em I&D.
No sector de Ensino Superior a despesa em I&D cresce cerca de 4% em 2016 em relação a 2015, ou seja, 42 milhões de euros, atingindo os 1.059 milhões de euros, representando cerca de 0,57% do PIB, que em conjunto o sector Estado representa 0,64% do PIB.
Em relação ao número de investigadores verificou-se em 2016 um aumento por população ativa, atingindo os 7,9 investigadores por mil ativos, quando em 2015 era de 7,4. Assim, em 2016 foram registados 40.746 investigadores medidos em equivalente a tempo integral (ETI), mais cerca de 2074 do que em 2015.
O Ensino Superior inclui 26.432 investigadores em ETI, representando cerca de 65% do total, enquanto o sector privado inclui 13.041 investigadores em ETI, representando 32% do total.
O número de investigadores cresceu igualmente no sector privado e no ensino superior cerca de 6% entre 2015 e 2016. O número de investigadores no Estado continua a representar cerca de 3% do total, com cerca de 1.301 investigadores em 2016.
De entre as 100 principais empresas que investiram em 2016 em I&D destaca-se em primeiro lugar o Grupo Portugal Telecom com 69,386 milhões de euros, o Grupo Banco Comercial Português, em terceiro lugar com 31,970 milhões de euros e em quarto lugar a farmacêutica Bial – Portela & Cª, S.A. com 29,392 milhões de euros.
Em termos de recursos humanos envolvidos em I&D o Grupo Portugal Telecom lidera com 792 colaboradores, incluindo 5 doutorados, a Coriant Portugal, Unipessoal, Lda, com 306, incluindo 19 doutorados, a CEIIA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento (Associação) com 232, incluindo 4 doutorados, a Nokia Solutions And Networks Portugal, S.A. com 219, o Grupo José de Mello, SGPS, S.A. com 181, incluindo 10 doutorados e com mais doutorados a Bial – Portela & Cª, S.A. que em 101 colaboradores inclui 29 doutorados.